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Saúde mental dos idosos – como acompanhar?

Saúde mental dos idosos - como acompanhar?
Descubra como cuidar da saúde mental dos idosos com estratégias eficazes, incluindo consultas médicas regulares, apoio psicológico, hábitos saudáveis e fortalecimento de laços sociais para uma melhor qualidade de vida.

O cuidado com a saúde mental dos idosos é uma questão que tem ganhado relevância entre familiares e profissionais de saúde, dada a complexidade dos desafios trazidos pelo envelhecimento.

Condições crônicas como diabetes, desidratação, demência, AVC e Alzheimer, associadas ao processo natural de envelhecer, podem comprometer de maneira significativa o bem-estar mental dos mais velhos.

Neste artigo, discutiremos os principais fatores de risco, a importância da identificação precoce de distúrbios mentais, e como consultas e exames regulares contribuem para um monitoramento mais eficiente da saúde mental dos idosos.

Quais são os fatores de risco para a saúde mental dos idosos?

Doenças Degenerativas: Com o avanço da idade, o risco de desenvolver doenças como Parkinson e Alzheimer cresce. Essas condições afetam as funções cognitivas e podem provocar perda de memória, confusão e mudanças no comportamento.

Diabetes e Desidratação: O diabetes pode prejudicar o fluxo sanguíneo para o cérebro, aumentando as chances de comprometimento cognitivo. Já a desidratação, muitas vezes negligenciada, contribui para confusão mental e falhas de memória.

Acidente Vascular Cerebral (AVC): O AVC é uma emergência médica que pode causar sérios danos ao cérebro. Dependendo da área afetada, os idosos podem sofrer alterações cognitivas, bem como enfrentar depressão e ansiedade.

Depressão e Ansiedade: Essas condições são comuns entre idosos, mas frequentemente subdiagnosticadas devido ao estigma. Isolamento social, luto e doenças físicas são fatores que agravam esses distúrbios. Reconhecer os sinais iniciais é fundamental para oferecer o melhor tratamento.

Consultas e exames regulares:

Avaliação Cognitiva: Consultas com geriatras e neurologistas ajudam a detectar precocemente problemas cognitivos e planejar intervenções eficazes.

Exames Neurológicos: Técnicas como ressonância magnética e tomografia computadorizada são essenciais para diagnosticar AVC e demência, fornecendo informações detalhadas sobre o cérebro.

Acompanhamento Psicológico: Sessões com psicólogos ou psiquiatras proporcionam apoio emocional e tratamentos, incluindo terapia cognitiva e medicamentos.

Controle de Doenças Crônicas: Monitorar condições como diabetes é vital. Visitas regulares a endocrinologistas e nutricionistas garantem um manejo mais eficiente e melhoram o bem-estar mental.

Principais transtornos mentais na terceira idade

Depressão

A depressão em idosos manifesta-se por meio de sintomas como tristeza persistente, perda de interesse em atividades prazerosas, fadiga, alterações no apetite e problemas de sono. Em muitos casos, esses sinais são confundidos com aspectos naturais do envelhecimento, dificultando o diagnóstico correto. Outros sintomas incluem dificuldades de concentração, sensação de inutilidade e, em casos graves, pensamentos suicidas.
As causas da depressão podem ser multifatoriais, incluindo fatores biológicos, como desequilíbrios químicos no cérebro, e experiências de vida, como o luto e o isolamento social. O impacto na qualidade de vida é significativo, prejudicando o bem-estar físico e emocional, além de aumentar o risco de doenças cardíacas e outras condições de saúde. O tratamento adequado, com medicação e terapia, melhora substancialmente o prognóstico.

Ansiedade

A ansiedade nos idosos pode se apresentar em diferentes formas, como transtorno de ansiedade generalizada, fobias e transtorno do pânico. Entre os sintomas comuns estão preocupação excessiva, inquietação, tensão muscular e aumento da frequência cardíaca. Essas manifestações comprometem a capacidade de relaxamento e afetam a rotina diária, prejudicando o sono e as interações sociais.
Os fatores desencadeantes da ansiedade incluem mudanças significativas na vida, como a perda de entes queridos ou o medo de doenças. Condições médicas subjacentes e o uso de certos medicamentos também podem agravar o problema. O tratamento combina terapia cognitivo-comportamental, técnicas de relaxamento e, quando necessário, medicamentos ansiolíticos prescritos por profissionais especializados.

Doenças neurodegenerativas

O Alzheimer, uma forma progressiva de demência, causa perda de memória, confusão e alterações comportamentais. Conforme a doença avança, o idoso pode perder a capacidade de realizar tarefas simples e reconhecer pessoas próximas. Isso provoca grande impacto na saúde mental, levando a sentimentos de frustração e de ansiedade.
O Parkinson pode trazer tanto os sintomas motores, como tremores e rigidez muscular, quanto a associação à depressão e declínio cognitivo. O diagnóstico precoce e o manejo multidisciplinar ajudam a controlar os sintomas e proporcionam melhor qualidade de vida. Estratégias terapêuticas incluem medicamentos, fisioterapia e suporte psicológico.

Outros transtornos

A demência vascular resulta de problemas de circulação cerebral, como AVCs. Os sintomas variam conforme a área afetada, mas frequentemente incluem dificuldades de memória e raciocínio e ainda, alterações de humor. O controle dos fatores de risco, como hipertensão e diabetes, é essencial para prevenir o avanço da condição.
O transtorno bipolar, embora menos comum na terceira idade, pode apresentar ciclos de euforia e depressão. O manejo requer uma abordagem cuidadosa com medicamentos estabilizadores de humor e acompanhamento contínuo por psiquiatras e psicólogos. Diagnósticos adequados promovem maior estabilidade emocional e funcionalidade.

Como os exames laboratoriais e de imagem podem ajudar

Exames de sangue

Dosagem hormonal (cortisol, tireoide): O cortisol, conhecido como hormônio do estresse, quando elevado por longos períodos, pode contribuir para sintomas de ansiedade e depressão. Testes hormonais ajudam a identificar desequilíbrios que interferem no humor e no bem-estar. Problemas na tireoide, como hipotireoidismo, também afetam diretamente a saúde mental.

Marcadores inflamatórios: Níveis elevados de marcadores como a proteína C reativa estão associados a processos inflamatórios crônicos que podem influenciar o desenvolvimento de transtornos de humor. Esses exames permitem um diagnóstico complementar importante no manejo da depressão.

Vitaminas e minerais: A deficiência de vitamina B12 e de minerais como ferro e magnésio pode levar a sintomas de fadiga, confusão mental e irritabilidade. A reposição adequada melhora a saúde mental e previne agravamentos de condições cognitivas.

Exames de imagem

Tomografia Computadorizada (TC) e Ressonância Magnética (RM): Esses exames permitem visualizar alterações estruturais no cérebro, como a redução do hipocampo em casos de Alzheimer. Eles são fundamentais para diferenciar entre tipos de demência e orientar o tratamento adequado.

PET-CT: O exame de PET-CT detecta alterações metabólicas no cérebro antes do surgimento de sintomas graves. Ele é particularmente útil para diagnóstico precoce do Alzheimer, ajudando a iniciar terapias preventivas mais eficazes.

Fatores de risco para problemas de saúde mental na terceira idade

Doenças crônicas

Doenças crônicas como diabetes, hipertensão, doenças cardíacas constituem um sinal de alerta e podem aumentar o risco de declínio cognitivo e doenças neurodegenerativas. O controle inadequado dessas doenças pode resultar em complicações graves, afetando o equilíbrio emocional.

Isolamento social e solidão

O isolamento social é um fator crítico no desenvolvimento de depressão em idosos. A ausência de interação com familiares e amigos contribui para sentimentos de solidão e desamparo, aumentando a vulnerabilidade emocional.

Perdas significativas: morte de entes queridos, aposentadoria

Eventos como a morte de um cônjuge ou a transição para a aposentadoria podem desencadear luto prolongado e depressão. A readaptação à nova realidade exige suporte emocional contínuo.

Uso de medicamentos

Muitos medicamentos usados por idosos têm efeitos colaterais que influenciam o humor e a cognição. Monitorar as interações medicamentosas é essencial para evitar complicações e preservar a saúde mental.

Como acompanhar a saúde mental do idoso

Acompanhar a saúde mental na terceira idade exige uma abordagem abrangente, que inclui visitas regulares ao médico para monitoramento de mudanças no estado mental e detecção precoce de transtornos. Avaliações periódicas possibilitam intervenções rápidas e eficazes, sendo o geriatra uma peça-chave na coordenação do cuidado multidisciplinar, garantindo que diferentes aspectos da saúde sejam considerados. Além disso, o acompanhamento psicológico desempenha um papel fundamental no tratamento de distúrbios emocionais e na gestão do estresse. Psicólogos especializados oferecem suporte por meio de terapias comportamentais, que se mostram eficientes para promover equilíbrio emocional e melhorar a qualidade de vida.

O incentivo a hábitos saudáveis também é essencial para preservar o bem-estar mental dos idosos. A prática regular de atividades físicas, associada a uma alimentação balanceada e a um sono reparador, reduz o risco de transtornos psicológicos e melhora significativamente o humor. Essas práticas, somadas à manutenção de relações sociais, têm um efeito protetor contra a solidão e o isolamento. Participar de atividades comunitárias e fortalecer laços afetivos com amigos e familiares proporciona senso de pertencimento e aumenta a resiliência emocional, sendo uma das estratégias mais eficazes para promover uma vida plena e saudável na terceira idade.

Cuidar da saúde mental dos idosos é indispensável para um envelhecimento com qualidade. Cuidadores e familiares devem observar sinais de alerta e buscar ajuda profissional sempre que necessário. Prevenção, diagnóstico precoce e tratamento adequado promovem uma vida mais equilibrada e feliz. Priorizar a saúde mental é uma escolha que beneficia a todos, garantindo um futuro mais saudável para os idosos.


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