Você já ouviu falar em HPV, mas sabe realmente o que ele representa para sua saúde? No Brasil, o Papilomavírus Humano afeta milhões de pessoas todos os anos — e o mais alarmante é que grande parte dessas infecções passa despercebida. De acordo com o Ministério da Saúde, cerca de 54,6% da população sexualmente ativa já teve contato com o HPV, e estima-se que mais de 17 mil novos casos de câncer de colo do útero sejam diagnosticados anualmente no país, sendo o HPV o principal responsável.
A infecção pelo HPV (Papilomavírus Humano) é considerada uma Infecção Sexualmente Transmissível (IST). A transmissão ocorre principalmente por contato direto com a pele ou mucosa infectada, especialmente durante a atividade sexual.
O problema é silencioso, mas pode ter consequências sérias. O HPV está diretamente ligado a diversos tipos de câncer, como o cervical, anal, peniano, de garganta e boca. Apesar disso, ainda há muito desconhecimento sobre a infecção, formas de transmissão e, principalmente, prevenção. Muitas pessoas descobrem tardiamente a presença do vírus — quando ele já causou alterações celulares graves.
Mas há uma boa notícia: com informação confiável, exames regulares e vacinação adequada, é possível prevenir a infecção e evitar complicações. A vacina é gratuita para adolescentes no SUS, os testes estão cada vez mais acessíveis, e o diagnóstico precoce pode fazer toda a diferença.
Neste guia completo, você vai entender:
- O que é o HPV e quais são os tipos mais comuns;
- Como identificar os sintomas;
- De que forma o vírus é transmitido;
- Quais exames são indicados para o diagnóstico;
- E, o mais importante, como se prevenir e cuidar da sua saúde sexual com responsabilidade.
Continue a leitura e descubra tudo o que você precisa saber para se proteger — e proteger quem você ama — contra um dos vírus mais comuns (e evitáveis!) da atualidade.
O que é HPV?
O Papilomavírus Humano (HPV) é o nome dado a um grupo com mais de 200 tipos de vírus que podem infectar a pele e as mucosas. Embora muitos casos sejam assintomáticos e desapareçam sozinhos, alguns tipos do vírus podem provocar verrugas genitais e outros estão associados a lesões pré-cancerígenas e cânceres, como o de colo do útero, ânus, pênis, boca e garganta.
O HPV é altamente transmissível e não tem cura definitiva, mas pode ser controlado com tratamentos e prevenido com vacinação e exames regulares.
Tipos de HPV mais comuns no Brasil
Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), os tipos de HPV mais incidentes e preocupantes no Brasil são os de alto risco oncogênico, especialmente os tipos 16 e 18, responsáveis por cerca de 70% dos casos de câncer de colo do útero.
Principais tipos:
- HPV 16 e 18 – Alto risco; ligados ao câncer de colo do útero, orofaringe, ânus e pênis.
- HPV 31, 33, 35, 45, 52, 58 – Também de alto risco, com potencial para causar câncer.
- HPV 6 e 11 – De baixo risco; geralmente causam verrugas genitais, mas raramente evoluem para câncer.
A vacinação contra o HPV cobre os principais tipos de risco e é uma ferramenta essencial na prevenção.
Quais são os sintomas do HPV?
Na maioria das vezes, o HPV não apresenta sintomas. Isso faz com que muitas pessoas transmitam o vírus sem saber que estão infectadas.
No entanto, quando os sintomas aparecem, eles podem incluir:
- Verrugas genitais (na vulva, vagina, pênis, ânus ou ao redor da boca);
- Coceira ou desconforto na região afetada;
- Lesões invisíveis que só são detectadas em exames como o Papanicolau ou colposcopia.
Nos casos mais graves, a infecção persistente por HPV pode levar ao desenvolvimento de câncer, mas isso geralmente acontece ao longo de anos, silenciosamente.
Como o HPV é transmitido?
O HPV é transmitido principalmente por contato direto com pele ou mucosas infectadas, geralmente durante relações sexuais vaginais, anais ou orais. Também pode ser transmitido:
- Por meio do contato íntimo sem penetração;
- Pelo uso de objetos contaminados (raramente);
- De mãe para filho no momento do parto.
Importante: o uso de preservativo reduz, mas não elimina completamente o risco de transmissão, pois o vírus pode estar em áreas não cobertas pela camisinha.
Como prevenir o HPV?
A prevenção é a melhor forma de evitar complicações relacionadas ao HPV. Veja as principais medidas:
Vacinação
A vacina Gardasil 9, oferecida gratuitamente pelo SUS, protege contra os tipos mais perigosos do HPV e é indicada para:
- Meninas e meninos de 9 a 14 anos;
- Pessoas imunossuprimidas (HIV+, transplantadas, em tratamento oncológico) até 45 anos;
- Mulheres e homens até 26 anos que ainda não foram vacinados.
Uso de preservativos
Fundamental em todas as relações sexuais. Embora não seja 100% eficaz contra o HPV, ajuda a prevenir outras ISTs.
Exames regulares
O Papanicolau e os testes de DNA do HPV são essenciais para detectar lesões precocemente.
Informação e diálogo
Conversar com o parceiro sobre histórico de saúde sexual e manter consultas regulares com ginecologistas ou urologistas é um passo importante para o autocuidado.
Exames para diagnosticar o HPV
Existem diversos exames que ajudam a detectar a presença do vírus e suas possíveis complicações. Aqui estão os 10 exames mais indicados:
- Papanicolau (Pap) – Detecta alterações nas células do colo do útero.
- Teste de DNA do HPV – Identifica a presença de tipos oncogênicos do vírus.
- Colposcopia – Exame visual detalhado do colo do útero.
- Peniscopia – Exame do pênis para investigar lesões causadas por HPV.
- Anuscopia – Avaliação de lesões anais, comum em pessoas com sexo anal receptivo.
- Testes de biologia molecular – Detectam e tipificam o HPV por meio de material genético.
- Captura híbrida – Alta sensibilidade para HPV de alto risco.
- Citologia anal – Importante em populações vulneráveis, como homens que fazem sexo com homens.
- Exame de sangue – Em alguns casos, pode indicar infecção recente.
- Autoteste de HPV – Coleta feita pela própria paciente, útil em campanhas de rastreamento.
Tratamento e acompanhamento
Ainda não existe um tratamento específico que elimine o HPV do corpo, mas é possível tratar os sintomas e as lesões causadas por ele.
As opções incluem:
- Remoção das verrugas (com medicamentos, laser ou cirurgia);
- Monitoramento regular de lesões de alto risco;
- Tratamento das lesões pré-cancerígenas, quando necessário;
- Acompanhamento especializado com ginecologista, urologista ou proctologista.
O mais importante é manter o acompanhamento médico constante, mesmo na ausência de sintomas, especialmente para pessoas com histórico de HPV ou lesões diagnosticadas.
Cuide da sua saúde sexual com informação e prevenção
O HPV é uma infecção comum, silenciosa, mas evitável e tratável. Com vacinação, exames periódicos e orientação médica, é possível manter a saúde sexual em dia e reduzir drasticamente os riscos de complicações, como o câncer de colo do útero — que ainda é uma das principais causas de morte por câncer entre mulheres no Brasil.
Não espere os sintomas aparecerem. Fale com seu médico, atualize sua caderneta de vacinação e incentive as pessoas ao seu redor a fazerem o mesmo. Saúde sexual é assunto sério — e começa com informação.
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