A conscientização sobre prevenção, diagnóstico e tratamento das ISTs é fundamental para reduzir a transmissão dessas infecções e minimizar seus impactos na saúde.
As Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) representam um importante desafio de saúde pública em nível global, afetando milhões de pessoas anualmente. Essas infecções são causadas por agentes patogênicos, como bactérias, vírus e parasitas, que se propagam principalmente através do contato sexual desprotegido.
A disseminação das ISTs está associada não só a comportamentos sexuais de risco, mas também à falta de acesso à educação sexual de qualidade e a serviços de saúde adequados. A conscientização sobre prevenção, diagnóstico e tratamento das ISTs é fundamental para reduzir a transmissão dessas infecções e minimizar seus impactos na saúde.
Essas infecções não apenas comprometem a saúde física dos indivíduos, mas também têm consequências emocionais e sociais, uma vez que estigmas e preconceitos frequentemente acompanham o diagnóstico.
Assim, é fundamental promover uma abordagem informativa e acolhedora para que as pessoas possam buscar apoio sem medo de julgamento. Conhecer as principais ISTs, entender suas causas, identificar os sintomas precocemente e adotar medidas preventivas são passos importantes para melhorar a qualidade de vida e garantir a saúde sexual da população.
Nesta exploração sobre as principais ISTs, examinaremos as causas, sintomas, métodos de prevenção e a importância do diagnóstico precoce. Entender essas infecções é fundamental para promover a saúde sexual e reduzir a propagação dessas doenças em nossa sociedade.
Pensando nisso, separamos aqui algumas explicações acerca do tema para que sejam sanadas quaisquer dúvidas comuns sobre as infecções sexualmente transmissíveis e seus respectivos tratamentos e prevenções.
O que são as ISTs?
No geral, as ISTs são causadas por vírus, bactérias ou diversos tipos de microrganismos (como a Neisseria gonorrhoeae e a Chlamydia trachomatis). As ISTs são transmitidas majoritariamente por meio do contato sexual, seja ele oral, vaginal ou anal, que não seja feito com o uso de camisinha masculina ou feminina com uma pessoa portadora da infecção.
Há ainda outras maneiras de contrair IST: a mãe transmitir para o filho em gestação, no parto ou mesmo durante a amamentação. Também pode ocorrer pelo contato de mucosas ou pele não íntegra com secreções contaminadas, ou seja, acontece por meio não sexual.
Quais os tipos de ISTs mais comuns?
Comuns, mas não menos perigosas! Ao perceber os sintomas, busque ajuda de profissionais de saúde. Sua saúde genital depende muitas vezes de ações simples, e você não precisa ter medo. Todos os procedimentos e exames são protegidos pelo sigilo médico. Procure seu médico de confiança.
Herpes genital
No geral, esse tipo de IST é altamente contagioso e é gerada por um vírus chamado herpes simplex (HSV). Na maioria das vezes, as pessoas que contraíram o vírus não percebem que foram infectadas, pois não apresentam sintomas tão evidentes, e acabam passando despercebidas.
Os sintomas mais perceptíveis são dores locais (no pênis ou vagina), dores durante a micção, coceira e pequenas feridas que causam úlceras e crostas. Também há a possibilidade de surgirem bolhas, erupções e vermelhidão na pele e a sensação de formigamento.
O diagnóstico utilizado para encontrar a herpes genital é um exame clínico que buscará por lesões características (são formados pequenos agrupamentos de bolhas sobre uma área avermelhada e inchada) e, em seguida, confirmado por exames laboratoriais.
Apesar de não haver uma cura definitiva para a herpes, ela pode ser controlada através de medicamentos específicos e ser evitada através de vacinas. Na sua fase inicial, pode-se fazer uso de medicamentos como:
- Aciclovir: 400 mg três vezes por dia ou então 200 mg cinco vezes por dia;
- Famciclovir: 250 mg três vezes por dia;
- Valaciclovir: 1 g duas vezes por dia.
Atenção: Antes de ingerir qualquer medicamento, é altamente recomendado consultar um médico especializado e de confiança, que dará o diagnóstico assertivo e a dosagem correta.
HPV: Infecção por papilomavírus humano
Conhecido por ser uma das ISTs mais comuns, o HPV se subdivide em diversos tipos de vírus que podem causar os mais variados sintomas: verrugas na pele (nos braços, pés, mãos e peito) e em regiões mucosas (vagina, ânus, boca e garganta), que podem gerar lesões e possibilitar o desenvolvimento de câncer.
Os HPVs genitais, que se desenvolvem em áreas mucosas, não são os mesmos que o HIV e o herpes e se subdividem em dois importantes grupos:
- Tipos de HPV de baixo risco: São os responsáveis pela formação de verrugas nos genitais e no ânus de homens e mulheres. As mulheres, especificamente, também podem contrair verrugas no colo do útero. Por não representarem o perigo de causar câncer, são considerados HPV de baixo risco.
- Tipos de HPV de alto risco: Possuem uma chance elevada de causar câncer em homens e mulheres devido às mudanças celulares que provocam. Os tipos mais comuns são o HPV 16 e 18.
Hepatite
De uma maneira geral, a hepatite é responsável pela inflamação do fígado e divide-se em três variantes:
- Hepatite A: Causada por um vírus RNA de fita simples positiva, pertencente à família Picornaviridae, também conhecido como HAV. Essa infecção se multiplica no fígado, é excretada na bile e eliminada nas fezes, o que causa a transmissão pela via fecal-oral. Os principais sintomas são fadiga, mal-estar, febre e dores musculares, além de sintomas gastrointestinais, como enjoo, vômitos, dores abdominais, constipação e/ou diarreia. Não existe um tratamento específico para a Hepatite A; a automedicação deve ser evitada, pois medicamentos impróprios podem ser prejudiciais ao fígado.
- Hepatite B: Causada por um vírus da família Hepadnaviridae (HBV), trata-se de um DNA-vírus envelopado. Assim como a Hepatite A, é uma doença infecciosa que agride gravemente o fígado e está presente no sangue e secreções, podendo ser transmitida sexualmente. A transmissão pode ocorrer por relações sexuais desprotegidas, da mãe para o filho, pelo compartilhamento de objetos perfurocortantes e pelo contato próximo com feridas.
- Hepatite C: Causada por um RNA vírus (HVC), essa infecção se desenvolve silenciosamente, causando um processo inflamatório no fígado. Aproximadamente 60% a 85% dos casos tornam-se crônicos, e cerca de 20% evoluem para cirrose ao longo do tempo.
Sífilis
A sífilis é uma infecção bacteriana que afeta os genitais, a pele e as membranas mucosas, mas pode se espalhar para outras partes do corpo, como o cérebro e o coração. O estágio inicial da infecção manifesta-se por uma ferida indolor que surge no local da infecção, geralmente nos órgãos genitais, no reto, na língua ou nos lábios. Com o tempo, os sintomas evoluem, podendo surgir erupções cutâneas, febre, linfonodos aumentados, fadiga e uma constante sensação de desconforto.
HIV
A infecção pelo HIV geralmente não apresenta sintomas relevantes nas primeiras semanas após a contaminação, sendo comuns sintomas gripais entre a segunda e a sexta semana. Em alguns casos, os sintomas podem não aparecer por até 10 anos após a infecção. O diagnóstico é feito por meio de amostras de sangue e análise do fluido oral. No Brasil, testes rápidos detectam anticorpos contra o HIV em cerca de 30 minutos.
Vacinas para algumas ISTs
Algumas ISTs possuem formas de prevenção eficazes, como a vacina contra o HPV, que protege contra os tipos mais comuns associados ao câncer cervical e outras lesões genitais. Além disso, a vacina contra a hepatite B é amplamente recomendada e faz parte do calendário de vacinação do Brasil, ajudando a prevenir uma das principais formas de infecção. A adesão a essas vacinas e a promoção do uso de preservativos são medidas fundamentais para reduzir a incidência das ISTs e melhorar a saúde sexual da população.
Conforme podemos perceber, as Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) são um problema de saúde pública significativo que afeta milhares de pessoas todos os anos. Através deste texto, abordamos as principais ISTs, suas causas, sintomas, métodos de prevenção e a importância do diagnóstico precoce. É crucial promover a conscientização sobre essas infecções para garantir uma saúde sexual mais segura e reduzir sua propagação, além de quebrar o estigma que muitas vezes impede as pessoas de buscarem ajuda.
Nos últimos anos, dados do Ministério da Saúde indicam que as ISTs continuam a ser um desafio crescente no Brasil. Por exemplo, em 2021, foram registrados mais de 150 mil novos casos de sífilis, enquanto a infecção por HIV afeta mais de 920 mil pessoas no país, de acordo com o Boletim Epidemiológico de 2022. Essas estatísticas reforçam a necessidade de campanhas preventivas e do acesso ao diagnóstico e tratamento para todos, sem discriminação.
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