Você sabia que a sepse é responsável por milhões de mortes todos os anos e, muitas vezes, é subestimada? Essa condição grave, também chamada de infecção generalizada, ocorre quando o corpo reage de forma exagerada a uma infecção, atacando a si mesmo e comprometendo órgãos vitais.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a sepse atinge cerca de 50 milhões de pessoas por ano no mundo, causando aproximadamente 11 milhões de mortes — mais do que algumas doenças amplamente divulgadas, como HIV, câncer de mama e malária juntos. No Brasil, estima-se que ocorram cerca de 420 mil casos anuais, sendo a taxa de mortalidade elevada, especialmente em pacientes hospitalizados.
A sepse pode surgir em qualquer faixa etária, mas é mais comum em idosos, bebês, pessoas com doenças crônicas e pacientes com o sistema imunológico enfraquecido. O impacto na vida do paciente e da família é enorme, já que a recuperação pode ser longa, envolvendo sequelas físicas e cognitivas, afastamento do trabalho e altos custos com tratamentos e reabilitação.
Por que acontece a SEPSE?
A sepse se desenvolve a partir de uma infecção — que pode ser causada por bactérias, vírus, fungos ou parasitas — quando o organismo libera substâncias químicas na corrente sanguínea para combatê-la. Em alguns casos, essa reação foge do controle, provocando inflamação generalizada e levando à falência de órgãos.
As causas mais comuns de sepse são:
- Pneumonias
- Infecções urinárias graves
- Infecções abdominais (como apendicite complicada ou peritonite)
- Infecções de pele e tecidos moles
- Complicações pós-cirúrgicas
Os sintomas iniciais podem ser confundidos com doenças mais leves, mas evoluem rapidamente. Entre os sinais de alerta estão febre alta ou muito baixa, respiração acelerada, pressão arterial baixa, confusão mental, calafrios e extremidades frias ou manchadas.
Principais exames diagnósticos e de rotina
O diagnóstico da sepse é clínico, mas depende de exames laboratoriais e de imagem para identificar a infecção e avaliar a gravidade. Os mais utilizados são:
- Hemocultura
Coleta de amostras de sangue para identificar o agente causador da infecção e determinar o antibiótico mais eficaz. - Exames de sangue (hemograma completo, PCR e lactato)
Avaliam a presença de infecção, inflamação e a gravidade do quadro. Níveis elevados de lactato podem indicar falência circulatória. - Gasometria arterial
Mede a quantidade de oxigênio e gás carbônico no sangue, ajudando a avaliar o funcionamento pulmonar e a oxigenação dos tecidos. - Exames de imagem (raio-X, tomografia ou ultrassonografia)
Identificam a origem da infecção, como pneumonia, abscessos ou coleções de pus. - Exames de função renal e hepática
Avaliam possíveis danos causados pela sepse aos rins e ao fígado. - Análise de urina e urocultura
Detectam infecções urinárias graves, comuns como porta de entrada para a sepse.
Dicas para conviver com a condição
Conviver com as consequências da sepse requer cuidados contínuos e acompanhamento médico especializado. É fundamental manter consultas regulares para monitorar órgãos que possam ter sido afetados, além de seguir corretamente as orientações sobre uso de medicamentos e reabilitação física.
Pacientes que tiveram sepse devem estar atentos a sinais de novas infecções e manter a vacinação em dia, especialmente contra pneumonia e gripe. O apoio psicológico também é essencial, já que a experiência pode gerar ansiedade, depressão e estresse pós-traumático. Ter uma rede de apoio familiar e participar de grupos voltados a sobreviventes da sepse ajuda a enfrentar desafios emocionais e físicos, promovendo uma recuperação mais completa e segura.
A sepse é uma emergência médica e deve ser tratada com rapidez para aumentar as chances de sobrevivência e reduzir sequelas. Reconhecer os sintomas iniciais e buscar atendimento imediato pode salvar vidas.
O tratamento rápido com antibióticos adequados, suporte hemodinâmico e monitoramento intensivo é a base para conter a evolução da doença. No entanto, a prevenção é sempre a melhor estratégia, com higiene adequada, tratamento correto de infecções e vacinação em dia.
Mais do que uma condição médica, a sepse é um alerta para a importância da informação e da conscientização. Quanto mais as pessoas souberem identificar seus sinais, maior será a possibilidade de agir a tempo e salvar vidas.
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