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Cuidados com as mamas durante a amamentação

Aleitamento materno - cuidado com as mamas

Amamentar é um gesto de amor, nutrição e conexão. Porém, para muitas mulheres, esse momento pode vir acompanhado de desafios que afetam tanto a saúde física quanto o bem-estar emocional. Entre os principais cuidados nesse período, a atenção às mamas é essencial para garantir conforto, prevenir complicações e manter a qualidade da amamentação.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 80% das mães no Brasil iniciam a amamentação logo após o parto. No entanto, apenas 45% mantêm o aleitamento materno exclusivo até os seis meses, como recomenda a entidade. Fatores como dor, fissuras e mastite estão entre os motivos que levam muitas mulheres a interromper o processo antes do tempo ideal.

Os impactos vão além da saúde da mãe: o bebê pode perder parte da proteção imunológica, do vínculo afetivo e do aporte nutricional que só o leite materno oferece. Já a mãe pode enfrentar infecções, baixa autoestima e até dificuldades para retomar a rotina. Por isso, conhecer e aplicar os cuidados com as mamas durante a amamentação é fundamental para viver essa fase com mais tranquilidade e segurança.

Por que e como surgem os problemas nas mamas?

Durante a amamentação, as mamas passam por mudanças hormonais e estruturais. A produção de leite materno, estimulada pela sucção do bebê, pode levar a desconfortos quando há excesso, má pega ou intervalos longos entre as mamadas.

Entre os problemas mais comuns estão:

  • Ingurgitamento mamário: acúmulo de leite que deixa as mamas endurecidas e doloridas.
  • Fissuras nos mamilos: pequenas rachaduras causadas por sucção incorreta.
  • Mastite: inflamação geralmente associada à infecção bacteriana.
  • Candidíase mamária: infecção fúngica que provoca ardor e dor intensa.

Essas condições podem surgir por má higienização, uso de roupas inadequadas, pega incorreta do bebê ou interrupção brusca da amamentação.

Até quando meu bebê precisa ser amamentado?

A amamentação é muito mais do que nutrir — é um momento de afeto, proteção e construção de vínculo. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o ideal é oferecer aleitamento materno exclusivo até os 6 meses de vida. Isso significa que, nesse período, o bebê não precisa de água, chás ou outros alimentos — apenas o leite materno, que é completo e adaptado às necessidades dele.

A partir dos 6 meses, a introdução alimentar deve começar, mas a amamentação pode e deve continuar até os 2 anos ou mais, sempre que for possível e confortável para mãe e filho. Esse tempo prolongado traz benefícios não só nutricionais, mas também imunológicos e emocionais.

Cada família, no entanto, vive sua própria realidade. Por isso, mais do que um prazo rígido, o importante é que a decisão seja tomada com informação, carinho e respeitando o ritmo de ambos. Se houver dúvidas ou desafios, o apoio de profissionais de saúde pode ajudar a encontrar o caminho mais seguro e afetuoso para continuar ou encerrar esse ciclo.

Principais exames diagnósticos e de rotina

Durante a amamentação, é comum que pequenas alterações nas mamas sejam percebidas pela própria mãe, como dor, sensibilidade, vermelhidão ou presença de áreas endurecidas. Muitas dessas mudanças são naturais, mas outras podem indicar problemas que precisam de atenção, como mastite, fissuras, ingurgitamento ou infecções.

O diagnóstico precoce é fundamental para tratar rapidamente e evitar que a mãe precise interromper a amamentação. Normalmente, a primeira avaliação é feita por meio de exame clínico durante a consulta médica ou com um profissional de enfermagem especializado em saúde materno-infantil. Porém, em alguns casos, exames complementares ajudam a identificar a causa com mais precisão.

A seguir, conheça os exames mais indicados para investigar e monitorar a saúde das mamas durante o período de aleitamento:

Avaliação clínica das mamas

É o primeiro passo no diagnóstico de qualquer alteração. O médico ou enfermeiro examina visualmente e por palpação toda a mama e a região da aréola, observando:

  • Mudanças na pele (vermelhidão, descamação, retrações);
  • Presença de nódulos ou áreas endurecidas;
  • Sinais de dor localizada ou difusa;
  • Aspecto do mamilo e presença de fissuras ou secreções.

Essa avaliação é rápida, não invasiva e pode ser feita em qualquer consulta de rotina ou de urgência.

Ultrassonografia mamária

Indicado quando há suspeita de inflamações internas, abscessos ou acúmulo de leite em regiões específicas da mama.

  • É um exame indolor e não invasivo;
  • Utiliza ondas sonoras para criar imagens internas;
  • Permite diferenciar lesões sólidas de coleções líquidas;
  • Ajuda a guiar procedimentos, como drenagens, quando necessário.

A ultrassonografia é segura durante a amamentação e não interfere na produção de leite.

Cultura do leite materno

Recomendada principalmente em casos de mastite recorrente ou quando há suspeita de infecção por bactérias resistentes ou fungos.

  • Coleta-se uma pequena quantidade de leite, de forma asséptica, para análise em laboratório;
  • O exame identifica qual microrganismo está presente e qual o tratamento mais eficaz;
  • Pode ajudar a ajustar o uso de antibióticos, evitando tratamentos prolongados sem necessidade.

O procedimento não prejudica a amamentação — normalmente, o leite coletado é desprezado apenas durante a coleta.

Exame de sensibilidade mamária

Indicado quando há dor persistente nas mamas sem sinais claros de infecção.

  • Avalia a resposta da mama a estímulos táteis e de pressão;
  • Pode identificar alterações neurológicas ou irritações locais;
  • Auxilia a descartar causas não infecciosas de dor, como neuropatias pós-parto.

É um exame simples, realizado no consultório, e ajuda a direcionar o tratamento adequado para o alívio da dor.

Esses exames, aliados à observação diária da mãe e à orientação profissional, são fundamentais para manter a amamentação segura, confortável e prolongada, evitando complicações que possam interromper esse momento tão importante para mãe e bebê.

Dicas práticas para amamentar bem e cuidar das mamas

Manter as mamas saudáveis durante a amamentação é mais simples quando a prevenção está em primeiro lugar.

  • Higienize suavemente: lave apenas com água durante o banho, evitando sabonetes que ressequem.
  • Garanta a pega correta: queixo do bebê encostado na mama e boca bem aberta.
  • Amamente sob demanda: sempre que o bebê quiser, evitando acúmulo de leite.
  • Varie as posições: isso ajuda a esvaziar diferentes áreas da mama.
  • Use sutiãs adequados: de algodão, sem aro e com boa sustentação.
  • Massageie as mamas: antes e depois das mamadas para facilitar o fluxo do leite.
  • Evite conchas e bicos artificiais: a menos que recomendados por um profissional.
  • Aplique calor: antes das mamadas para facilitar a saída do leite.
  • Aplique frio: após as mamadas para reduzir o inchaço.
  • Trate fissuras rapidamente: com orientação médica e pomadas seguras para o bebê.

Essas medidas simples podem prevenir desconfortos e tornar a experiência da amamentação mais prazerosa para mãe e bebê.

Os cuidados com as mamas durante a amamentação vão muito além da estética: eles preservam a saúde materna e fortalecem o vínculo com o bebê. Prevenir problemas é sempre mais fácil do que tratá-los, e pequenas mudanças na rotina podem fazer grande diferença.

Quando a mãe recebe informação, apoio familiar e acompanhamento profissional, a amamentação tende a ser mais tranquila e duradoura. O aleitamento exclusivo até os seis meses não só nutre, mas também protege o bebê contra doenças e fortalece o sistema imunológico.

Cuidar de si é também cuidar do outro. E, no caso da amamentação, cada gesto de atenção com as mamas é um passo a mais para garantir a saúde da mulher, o afeto e bem-estar para toda a família.

Campanha Agosto Dourado – pelo aleitamento materno

O Agosto Dourado é o mês dedicado à promoção, proteção e apoio ao aleitamento materno, simbolizado pela cor dourada para representar o “padrão ouro” da alimentação dos bebês. Criado para fortalecer as ações da Semana Mundial da Amamentação, ele destaca a importância de oferecer leite materno de forma exclusiva até os 6 meses e de mantê-lo, junto com a alimentação complementar, até os 2 anos ou mais. Durante o mês, campanhas de conscientização, palestras e atividades comunitárias mobilizam famílias, profissionais de saúde e a sociedade para garantir que mães e bebês recebam todo o suporte necessário para viver a amamentação de forma saudável, prazerosa e contínua.

Axial Inteligência Diagnóstica

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