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Morbimortalidade materna no Brasil: aumento de casos preocupa a sociedade

Morbimortalidade materna no Brasil: aumento de casos preocupa a sociedade
A cada dia, vidas são perdidas por causas evitáveis durante a gestação e o parto. Descubra os desafios, soluções e inovações que podem transformar esse cenário e salvar milhares de vidas!

A mortalidade materna no Brasil apresenta desafios persistentes, com desigualdades regionais e sociais que impactam diretamente os indicadores de saúde. De acordo com o Ministério da Saúde, a razão de mortalidade materna (RMM) em 2021 foi de 107,53 óbitos por 100 mil nascidos vivos, um aumento significativo em relação a anos anteriores. Essa taxa afasta o país da meta de 30 mortes por 100 mil nascidos vivos até 2030, conforme estabelecido pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

Os estados do Norte e Nordeste registram as maiores taxas de mortalidade materna, em contraste com as regiões Sul e Sudeste, onde os índices são relativamente mais baixos. Fatores como infraestrutura de saúde precária, escassez de profissionais qualificados e dificuldades de acesso a serviços de assistência obstétrica contribuem para essa disparidade. Além disso, mulheres negras e indígenas estão entre as mais afetadas, evidenciando a influência do racismo estrutural e da desigualdade social na morbimortalidade materna.

A mortalidade materna está frequentemente associada a causas evitáveis, o que indica falhas no sistema de saúde. Melhorias na atenção primária, fortalecimento do pré-natal e capacitação de profissionais são medidas essenciais para reverter esse quadro. Ações intersetoriais que englobem educação, saneamento básico e combate à violência contra a mulher também desempenham um papel fundamental na redução dos índices.

Fatores de risco para a morbimortalidade materna

Diversos fatores contribuem para a morbimortalidade materna, incluindo:

  • Condições socioeconômicas: Mulheres em situação de vulnerabilidade têm menos acesso a serviços de saúde e maior risco de complicações na gravidez e parto.
  • Acesso à saúde: A dificuldade no acesso a consultas pré-natais, exames e atendimentos de emergência impacta negativamente a saúde materna.
  • Qualidade da assistência obstétrica: A falta de capacitação dos profissionais, negligência e falhas nos protocolos hospitalares podem levar a desfechos fatais.
  • Doenças preexistentes e complicações na gestação: Hipertensão, diabetes, infecções e hemorragias são algumas das principais causas de morte materna e requerem monitoramento contínuo.

A falta de planejamento reprodutivo adequado também pode impactar diretamente a morbimortalidade materna. Muitas gestações ocorrem sem um acompanhamento prévio, aumentando o risco de complicações para a mãe e o bebê. Métodos contraceptivos acessíveis e educação sexual são fundamentais para garantir uma gravidez planejada e segura.

Além disso, a idade materna avançada ou a gravidez precoce são fatores de risco importantes. Mulheres com mais de 35 anos ou adolescentes enfrentam maiores desafios durante a gestação, incluindo riscos aumentados de pré-eclâmpsia, diabetes gestacional e parto prematuro. Campanhas educativas voltadas para diferentes faixas etárias podem ajudar a minimizar esses riscos.

Principais causas de morbimortalidade materna

Muitas das causas abaixo podem ser evitadas com um acompanhamento pré-natal eficiente. Identificar fatores de risco precocemente permite a implementação de estratégias preventivas, como controle rigoroso da pressão arterial, monitoramento do açúcar no sangue e suplementação nutricional adequada.

Além disso, protocolos de emergência obstétrica devem ser reforçados em hospitais e maternidades para garantir atendimentos ágeis e eficazes.

As principais causas de morbimortalidade materna incluem:

  • Hipertensão arterial gestacional e pré-eclâmpsia: Condições que podem levar a complicações graves, como eclâmpsia e insuficiência de órgãos.
  • Diabetes gestacional: Aumento do risco de parto prematuro e complicações neonatais.
  • Infecções puerperais: Infecções adquiridas durante ou após o parto, muitas vezes decorrentes de assistência inadequada.
  • Hemorragias obstétricas: São responsáveis por grande parte das mortes maternas e exigem intervenções rápidas e eficazes.
  • Tromboembolismo: Risco aumentado durante a gravidez e o puerpério devido a mudanças na coagulação sanguínea.

Outro ponto importante é a humanização do parto. Intervenções desnecessárias e violência obstétrica podem agravar complicações e impactar negativamente a saúde materna. O respeito ao plano de parto e a escolha informada sobre os procedimentos médicos são medidas que favorecem uma experiência mais segura para as mulheres.

A Importância do pré-natal e da assistência obstétrica de qualidade

O pré-natal adequado é essencial para identificar e tratar precocemente condições de risco. As gestantes devem realizar consultas regulares, exames laboratoriais e de imagem, como ultrassonografias, e receber orientações sobre nutrição, vacinação e planejamento familiar. Além disso, um parto assistido por profissionais capacitados reduz significativamente o risco de complicações.

A assistência obstétrica deve ser pautada em evidências científicas e na individualização do atendimento. Cada gestante possui necessidades específicas que devem ser consideradas no acompanhamento pré-natal. Além disso, a promoção do parto normal sempre que possível reduz riscos associados à cesariana desnecessária e favorece uma recuperação mais rápida para a mãe.

A ampliação da rede de atendimento humanizado, incluindo casas de parto e equipes multidisciplinares, pode ser uma alternativa eficaz para melhorar os indicadores de morbimortalidade materna. O fortalecimento do vínculo entre gestantes e profissionais de saúde também contribui para uma assistência mais segura e confiável.

Exames importantes para gestantes e parturientes

Alguns exames fundamentais para garantir uma gestação segura incluem:

A morbimortalidade materna no Brasil continua sendo um problema de saúde pública que requer atenção urgente e ações coordenadas. Garantir o acesso a serviços de saúde de qualidade para todas as gestantes, independentemente de sua condição social ou localização geográfica, é fundamental para reduzir os índices de mortalidade materna. Com investimentos adequados, políticas públicas eficazes e o comprometimento de toda a sociedade, é possível transformar esse cenário e garantir que todas as mulheres tenham uma gestação e um parto seguros.


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