O câncer de colo de útero tem sua importância ressaltada no mês de março, na campanha Março Lilás: neste período importante do ano, várias instituições de saúde, tanto públicas quanto privadas, se dedicam a informar e educar o público feminino sobre o câncer de colo de útero, uma condição de saúde que precisa de cuidados específicos.
Eles organizam campanhas que destacam os riscos associados à doença, abrangendo desde os sintomas iniciais até os mais avançados. Além disso, fornecem orientações valiosas sobre medidas preventivas e opções de tratamento disponíveis após o diagnóstico da condição.
Ao longo da matéria, explicaremos o que é exatamente esse câncer, de onde surge, como se desenvolve e as maneiras mais certeiras de preveni-lo e tratá-lo.
O que é o câncer de colo de útero?
O câncer do colo do útero (CCU), também conhecido como câncer cervical, tem como principal causa a infecção genital constante por diferentes tipos de Papilomavírus Humano – HPV (são os tipos oncogênicos: aqueles que já possuem uma associação entre o vírus e a infecção comprovada).
O vírus HPV é transmissível sexualmente que poderia ser evitado através do uso de preservativos. Na maioria das ocorrências a infecção acaba não gerando a doença, porém, em alguns casos, podem acabar acontecendo diversas mutações celulares que evoluem ao longo dos anos para um quadro de câncer.
Por meio do exame Papanicolau, torna-se possível identificar a presença do vírus e algumas lesões pré-cancerosas (as Neoplasias Intraepiteliais Cervicais – NIC) que são quase sempre passíveis de serem curadas. Vamos entender agora como o exame é realizado.
Sintomas do câncer de colo de útero
Através de uma série de campanhas do março Lilás, as mulheres são informadas sobre tudo que envolve essa doença, um dos importantes itens informados pela data são os sintomas. Alguns dos sintomas mais comuns encontrados na fase mais avançada são:
- Dores abdominais que estão associadas a problemas intestinais e urinários;
- Sangramentos vaginais;
- Sangramento após a relação sexual;
- Secreções vaginais incomuns;
- Menstruação desregulada;
- Fadiga em excesso;
- Perda de peso sem motivos;
- Náuseas constantes.
Exame Papanicolau
Esse procedimento tem como a principal função diagnosticar as alterações celulares do colo de útero.
O exame é responsável por encontrar as lesões cancerosas antes que ocorram quaisquer sintomas na mulher e pode ser realizado em postos ou unidades de saúde da rede pública que possuam profissionais qualificados para tal.
Sua execução é indolor, muito simples e rápida e causará, no máximo, um pouco de desconforto na paciente analisada, mas poderá ser facilmente contornado caso a pessoa relaxe e a execução do exame seja de maneira delicada.
Como o exame é realizado?
Para que o material genético seja coletado, um instrumento apelidado de espéculo é introduzido na vagina e, dessa forma, o médico fará a observação profissional do interior uterino e do colo de útero.
Em seguida, o doutor provocará uma pequena escamação da superfície externa e interna do colo de útero com uma espátula de madeira ou uma pequena escovinha, as células colhidas serão despejadas em uma lâmina para que uma análise em laboratório seja realizada com base nos conhecimentos da citopatologia.
Quem deve realizar o exame e quando?
Todas as mulheres que possuem ou já possuíram vida sexual ativa devem realiza-lo periodicamente, em especial as que se encontram entre os 25 e 59 anos de idade. No começo, o exame deverá ser realizado uma vez ao ano e, após dois anos seguidos (com um intervalo de ano), caso apresente resultados normais, poderá ser feito de três em três anos.
Como devo interpretar o resultado?
Caso seu exame tenha acusado:
- Negativo para câncer: caso esse seja seu primeiro resultado negativo, um outro exame preventivo deverá ser feito no próximo ano. Caso você tenha um resultado negativo de um ano anterior, o próximo exame será realizado daqui a três anos;
- Infecção pelo HPV ou lesão de baixo grau: Deverá repetir o exame novamente daqui a seis meses;
- Lesão de alto grau: Será decidido pelo médico os procedimentos mais adequados para essa situação. Será necessário realizar outros exames, tais como a colposcopia;
- Amostra insatisfatória: a quantidade de material genético fornecido não foi o bastante para a conclusão do exame. Será preciso refazer o exame o quanto antes.
É válido lembrar que apenas médicos e cirurgiões devidamente habilitados serão capazes de diagnosticar doenças, apontar tratamentos específicos e receitar medicações.
Prevenção do câncer de colo de útero
Há duas maneiras principais de se prevenir do câncer de colo de útero que são:
- Uso de preservativos: O uso de preservativos, como a camisinha masculina, pode reduzir o risco de transmissão do vírus do papiloma humano (HPV), que é uma das principais causas do câncer cervical. No entanto, é importante ressaltar que somente o uso de camisinha masculina não oferece proteção completa para a mulher, pois ainda há um risco considerável de transmissão do HPV através do contato entre a pele da vulva, região perineal, perianal e a bolsa escrotal. Nesse sentido, o uso de camisinha feminina pode oferecer uma proteção maior, cobrindo uma área mais extensa.
- Vacinação contra HPV: A vacina tetravalente contra o HPV, implementada pelo Ministério da Saúde em 2014 para meninas de 9 a 13 anos de idade, é uma importante ferramenta de prevenção. Esta vacina abrange a proteção contra os subtipos 6, 11, 16 e 18 do vírus. Os subtipos 16 e 18 são responsáveis por cerca de 70% dos casos de câncer de colo de útero, enquanto os subtipos 6 e 11 são associados a verrugas genitais. A vacinação precoce pode ajudar a prevenir a infecção pelo HPV e reduzir o risco de desenvolver câncer cervical no futuro.
- Exame Papanicolau: O exame Papanicolau, também conhecido como teste de citologia cervical, é uma ferramenta importante para detectar precocemente alterações nas células do colo do útero que podem levar ao câncer. Recomenda-se que mulheres com vida sexual ativa e entre 25 e 64 anos de idade realizem esse exame regularmente, conforme as diretrizes médicas, para identificar qualquer anormalidade nas células cervicais e iniciar o tratamento precoce, se necessário.
Com a adoção dessas medidas de prevenção a mulher pode reduzir significativamente o risco de desenvolver câncer de colo de útero e promover a saúde ginecológica geral. As consultas regulares ao ginecologista são fundamentais para discutir suas opções de prevenção e realizar os exames de rotina recomendados.
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