Carnaval é sinônimo de festa, cores e muita animação! Uma das datas mais esperadas do ano, reunindo milhões de foliões em blocos de rua, desfiles e festas por todo o Brasil. No entanto, com tanta aglomeração, calor e mudança na rotina, algumas doenças tornam-se mais comuns nessa época. A boa notícia é que, com alguns cuidados, é possível curtir a festa sem abrir mão da saúde.
Dados do Ministério da Saúde e de outras instituições de saúde entre 2018 e 2024 destacam o aumento de certas doenças durante o período carnavalesco. Em 2018, por exemplo, as notificações de casos de febre amarela aumentaram 62% nos dias seguintes ao Carnaval, possivelmente devido à maior circulação de turistas em áreas de risco.
Por exemplo, em 2024, a Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (Abramed) registrou um aumento de 114% nos exames positivos de dengue durante o Carnaval, em comparação com o mesmo período de 2023. Esse crescimento significativo ressalta a importância de medidas preventivas e de conscientização para garantir a saúde dos foliões durante as festividades.
Confira as cinco doenças mais comuns no Carnaval, seus sintomas, formas de transmissão e dicas de prevenção para garantir que sua diversão não seja interrompida!
Gripes e viroses
Com grandes concentrações de pessoas, o risco de transmissão de doenças respiratórias como gripe e resfriado aumenta consideravelmente. O contato próximo e a troca de objetos pessoais, como copos e talheres, também facilitam a propagação dos vírus.
Sintomas: febre, tosse, espirros, coriza, dor de garganta, fadiga e dores no corpo.
Diagnóstico: realizado clinicamente, com avaliação dos sintomas. Em alguns casos, exames laboratoriais podem ser solicitados.
Prevenção: lavar as mãos frequentemente, evitar compartilhar objetos pessoais e manter-se hidratado. Se possível, tome a vacina contra a gripe antes do Carnaval.
2. Conjuntivite
A conjuntivite é uma inflamação da conjuntiva (membrana que reveste os olhos) e pode ser causada por vírus, bactérias ou reações alérgicas. No Carnaval, o contato com objetos contaminados e a exposição à poeira e ao suor aumentam as chances de infecção.
Sintomas: olhos vermelhos, coceira, sensação de areia nos olhos, lacrimejamento e secreção.
Diagnóstico: exame clínico feito por um oftalmologista, que pode solicitar exames laboratoriais em casos específicos.
Prevenção: evitar levar as mãos sujas aos olhos, lavar as mãos com frequência e não compartilhar maquiagem ou toalhas.
3. Mononucleose (doença do beijo)
A mononucleose infecciosa é causada pelo vírus Epstein-Barr e pode ser transmitida pela saliva, sendo comum entre jovens e adultos que compartilham copos, talheres e, claro, beijos durante a festa.
Sintomas: fadiga intensa, febre, dor de garganta, inchaço nos gânglios linfáticos, dores musculares e aumento do baço.
Diagnóstico: exame clínico e exames de sangue, como o hemograma e sorologia específica para detectar o vírus.
Prevenção: evitar compartilhar copos, talheres e garrafas, e manter a imunidade fortalecida com alimentação balanceada e hidratação adequada.
Gastroenterite (infecção intestinal)
Durante a folia, nem sempre há controle sobre a procedência dos alimentos e bebidas consumidos. Comer em locais de higiene duvidosa pode levar a infecções intestinais causadas por vírus, bactérias ou parasitas.
Sintomas: diarreia, vômito, dores abdominais, febre, desidratação e mal-estar.
Diagnóstico: avaliação clínica e exames de fezes, quando necessário.
Prevenção: dar preferência a restaurantes confiáveis, evitar alimentos crus de origem duvidosa, lavar as mãos antes de comer e manter-se hidratado.
Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs)
O clima de paquera do Carnaval pode aumentar a exposição a ISTs como herpes genital, sífilis, gonorreia, HPV e HIV.
Sintomas: varia conforme a doença, podendo incluir lesões na região genital, corrimentos anormais, dor ao urinar e febre.
Diagnóstico: exames clínicos e laboratoriais, como testes rápidos, exames de sangue e análise de secreções.
Prevenção: usar camisinha em todas as relações sexuais, fazer testes regulares e vacinar-se contra hepatite B e HPV.
Atenção para o HIV: O HIV é uma infecção sexualmente transmissível e a AIDS (Síndrome da Imunodeficiência Adquirida) é uma doença causada pelo vírus HIV (Vírus da Imunodeficiência Humana). O HIV ataca o sistema imunológico, deixando o organismo mais vulnerável a doenças. a AIDS não tem cura, mas é possível viver com o vírus HIV. Com o tratamento adequado, é possível levar uma vida normal.
Dicas gerais para um carnaval saudável
O Carnaval é uma das festas mais aguardadas do ano, repleta de diversão e energia. Para garantir que você aproveite tudo o que a folia tem a oferecer, é importante adotar alguns cuidados que preservem sua saúde e bem-estar.
Pensando nisso, reunimos dicas simples e eficazes para manter seu corpo em dia enquanto você se joga na diversão. Afinal, com saúde em primeiro lugar, o Carnaval fica ainda mais prazeroso! Confira a seguir as orientações para curtir com disposição e segurança.
- Mantenha-se hidratado: beba bastante água e isotônicos para repor os sais minerais perdidos no suor.
- Alimente-se bem: evite ficar longos períodos sem comer e escolha alimentos leves e saudáveis.
- Use protetor solar: o calor excessivo pode causar insolação e desidratação.
- Durma bem: o descanso é essencial para recuperar as energias.
- Leve álcool em gel: a higienização das mãos reduz o risco de infecções.
- Evite excessos de álcool: bebidas alcoólicas em excesso enfraquecem o sistema imunológico e favorecem doenças.
- Use roupas e calçados confortáveis: Durante a folia, é importante escolher roupas leves e calçados adequados para garantir que você se movimente com facilidade e sem desconforto. Evite sapatos apertados ou com saltos altos para prevenir lesões nos pés e aproveitar o carnaval com mais disposição.
Com essas dicas, você pode aproveitar a festa com segurança e saúde. Agora é só cair na folia e curtir cada momento!
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